GRID – Review
junho 28, 2008 at 4:56 am Fabian Kurayami 16 comentários
Produtora: Team Racing Distribuidora: Codemasters
Plataformas: Xbox 360 (testada), PS3 e PC Analista: Fabian Kurayami
Após mudar o nome de sua lendária série de rally de Collin McRae Rally para DiRt, a Codemasters adotou a mesma medida com Race Driver, que passou a chamar-se simplesmente GRID. Mais que uma mudança no título, a franquia sofreu uma revolução em sua filosofia. Descubra se estas mudanças aceleram firme ou derrapam vergonhosamente.
Picareta, pero no mucho
Quando foi anunciado em vídeo, GRID espantou o mundo com gráficos de outro planeta. Era sem dúvida a mais sensacional demonstração de um jogo já feita. A Codemasters garantia que tudo era em tempo real. Para provar, o vídeo trazia mostradores de voltas, velocidade…
Não, aquilo não era o visual verdadeiro. Assim como a Sony (especialista em criar hype com vídeos falsos) a Codemaster criou expectativa em seu título com uma desprezível ação de marketing picareta. O lado bom da coisa é que o jogo final é estupidamente bonito e se aproxima consideravelmente do embasbacante vídeo que o precedeu.
A iluminação é saturada e pouco realista, apostando mais em um visual artistico e holywoodiano. A modelagem de veículos e, principalmente, cenários é espantosa! Não há um só cenário que não faça seu queixo despencar. As montanhas japonesas, as lindíssimas ruas italianas, os circuitos europeus e as estradas norte-americanas… Toda esta variedade visual é trazida a vida com um visual impressionista, com arte exagerada que se aproxima da realidade mas sme tentar copiá-la. O objetivo é ser vertiginosamente belo e não necessariamente real.
Os veículos também são muito bonitos. A modelagem é incrível e o senso de escala dos carros é bem superior a tudo que os concorrentes trazem. infelizmente a visão interna não é tão polida e é bastante genérica.
O mais bacana de tudo isso é que apesar da força visual GRID roda incrivelmente liso. Terminei o jogo sem experimentar ABSOLUTAMENTE NENHUM SLOWDOWN!!! Isso sem falar na sensação de velocidade que chega a ser pornográfica de tão empolgante! Todas as corridas são rápidas com carros atravessando a pista com fúria! Um verdadeiro balé motorizado.
GRID não é perfeito, entretanto. Como já mencionei a visão do cockpit é frustrante. Simplesmente não acompanha a qualidade visual do jogo. O sistema de danos, apesar de compente, é bem menos impressionante do que o visto em DiRt, jogo que compartilha a engine e os criadores de GRID. Os guardrails e elementos do cenários também não são destrutíveis como na série de rally. Não chegam a ser problemas, mas descontam pontos em um visual quase irrepreenssível.
Veloz e furioso
GRID sim merece este título. Todas as corridas são congestionadas de adrenalina com uma sensação de velocidade altíssima e oponentes agressivos e que não andam em uma linha de trem (estou olhando para você Gran Turismo).
Meus primeiros minutos com GRID foram um pouco problemáticos. O jogo é bastante desafiador e sua jogabilidade é sensível e exigente. Cheguei a pensar que os controles não eram bons… Me enganei feio. A curva de aprendizado do jogo é perfeita e após alguns minutos de trabalho duro você percebe melhoras em sua dirigibilidade. Mais esforço e você estará travando memoráveis duelos em escuras montanhas japonesas ou nas belíssimas ruas de Milão.
Uma possibilidade única na jogabilidade de GRID é o “flashback”. Caso você erre uma curva por exemplo, você pode apertar “Back” e ter a possibilidade de voltar no tempo. Você tem um período de tempo curto a disposição e quantidade limitada (4 na dificuldade normal), mas é uma ferramente genial e que deixa a pergunta: “Porque diabos nunca ninguém pensou nisso antes?!”
Aliás, algo que GRID se destaca são os modos de jogo. Mais que isso, a execução destes modos. Além de corridas tradicionais, temos competições de drift e drift freestyle, competições de destruição, pegas em montanhas no melhor estilo do anime Initial D e rachas 1 x 1 á noite.
Tudo é divertido pois os oponentes são duros sem nunca parecerem injustos. Nunca o desafio se torna trapassa. Cabe a você se esforçar e melhorar sua técnica.
O jogo fica no meio termo entre o arcade e a simulação e pode se aproximar mais de um ou de outro de acordo com a sua preferência. Desligue as assistências e o jogo se tornará muito mais complexo e próximo de uma simulação. Ligue-as e o jogo será (um pouco) mais casual e rápido. Portanto o alcance de público é amplo.
Infelizmente a física do jogo é meio vagabunda. Ás vezes, após o choque de seu carro com outro, as reações são inverídicas e um pouco frustrantes. Leva um pouco de tempo para se acostumar com a “física de GRID” que não é a física do mundo real.
Porque tão curto?
Fiz esta pergunta dezenas de vezes durante meu tempo com GRID… Porque o jogo é tão limitado!?
No mercado atual inundado de jogos de corrida, ter um game com apenas 45 carros chega a ser constrangedor. Some isto ao fato da quase total impossibilidade de personalização e a frustração é iminente.
As pistas também são poucas. Apenas 17. Elas sofrem modificações e acabam passando a impressão de um número maior, mas essencialmente você tem apenas 17 circuitos. Tudo bem, eles são muito, mas muito bonitos e deliciosamente variados, mas ainda assim fica um gosto amargo na boca.
O jogo em sí acaba bem rápido e a impossibilidade de multiplayer split-screen (2 jogadores com tela dividida) limita ainda mais a experiência e tira uma boa parcela dos méritos gráficos e fator de diversão de GRID.
Até mesmo os sons de GRID deixam a sensação de “só isso?”. Eles são bons mas, novamente, são bem poucos. Poucas músicas, grande repetição nas falas do seu gerente de prova e companheiro de equipe. Tudo variando de bom á muito bom mas ainda assim tudo em conta-gotas.
Conclusão
Com um belíssimo visual, jogabilidade viciante, inteligência artificial invejável e a mais incrível sensação de velocidade já criada em um videogame, fica difícil não se derreter por GRID. É um jogo divertido e empolgante, como todos os títulos de corrida deveriam ser.
A apresentação também é invejável com um sistema de menus e navegação perfeitos onde até mesmo os loadings são bacanas mostrando a progressão de conquistas.
Infelizmente a pequena quantidade de veículos e pistas são duras de se admitir. Com 100 carros e o dobro de cursos GRID poderia se tornar uma lenda entre os jogos de corrida. Ainda assim é um jogo memorável e que, literalmente, passou por cima de seus concorrentes.
Mais & Menos
+ Sensação de velocidade exultante!
+ Adversários agressivos e imprevisíveis.
+ Várias modalidades de provas, todas muito divertidas!
– Pouquíssimos carros e pistas.
Notas
Apresentação: 8,0
Gráficos:9,5
Jogablidade: 9,5
Som: 8,0
Diversão: 9,5
MÉDIA: 8,9
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1. Juliano Terminator | junho 28, 2008 às 4:59 am
É efeito da erva aqui, ou o Fabian deu 9,5 pra jogabilidade?!?!?!?!?!
2. hardcoregaming | junho 28, 2008 às 5:03 am
HUahuahuahuaiahiauhiau
xD
3. Andre Boy | junho 28, 2008 às 5:14 am
Perfeito o review cara parabens!
Eu daria 9,5 pra esse game hehehehe
4. hardcoregaming | junho 28, 2008 às 5:16 am
Vlw Andre =D
8,9 de mim é uma nota mt alta =D
Eu admito: SOU CHATO PRA CARALHO! ahuhuauhauhua!
5. Bubbles | junho 28, 2008 às 12:37 pm
Chato é a eurogamer =D
6. glauder | junho 28, 2008 às 1:22 pm
mt foda o review, grid é foda demais, 8.9 é uma otima nota, boa Fabian
7. Guilherme | junho 28, 2008 às 4:37 pm
Fico pensando é jogo de corrida ou de kart?
Pq esse povo sempre reclama da Jogabilidade
Não quer dificuldades pra dirigir? Vai jogar Mario Kart entao -.-
Belo Review…
8. estevan | junho 28, 2008 às 8:52 pm
nao sei pq teve tanta gente q torceu o nariz por causa do grid,eu achei o jogo fodao,graficos lindos e jogabilidade perfeita,o realismo do jogo é impressionante
9. Bubbles | junho 28, 2008 às 9:23 pm
Mas a jogabilidade eh muito sensivel ou realista?
Realista eh Forza e outros simuladores,
Grid nao aparenta ser muito realista…
10. hardcoregaming | junho 28, 2008 às 9:28 pm
Como eu disse no review, a jogabilidade está ENTRE arcade (Need For Speed Underground por exemplo) e simulação (Forza).
É um estilo semelhante a PGR.
11. Gabriel Bourg | junho 28, 2008 às 10:51 pm
cara quando estiver na net me avisa..preciso te enviar uma coisa! Abraço
12. Ichigo | junho 30, 2008 às 2:20 am
Eu não sei se já falaram isso aqui, mas oque voce disse sobre o sistema do “BACK”, de ninguêm ter pensado nisso antes, já pensaram sim, já joguei um jogo a muito tempo, acho que foi até um RACE sei lá oque, que tinha um sistema idêntico hehe
Agora.. após ler atentamente o review, fiquei até com vontade de jogar, mas to cansado de pegar jogo e deixar no canto por não conseguir pegar o jeito ¬¬(PGR4 e Gears ~.~) ae nem sei se pego ou não.. vo re-baixar o demo e tentar a sorte again.
13. Ichigo | junho 30, 2008 às 2:47 am
Evolution GT que era o nome do jogo.
14. hardcoregaming | julho 1, 2008 às 10:29 pm
Uia… Valew pela GRANDE informação Inchigo!
Essa eu não sabia NEM A PAU!!! =p
15. Daniel Cohen | agosto 15, 2008 às 4:41 pm
Achei alguns errinho de português ai na sua coluna, mas fora isso parabéns, muito bom…
16. marcell_rios | junho 30, 2009 às 6:26 pm
muito bom mesmo o jogo, comprei ele a 2 dias e o melhor jogo de corrida q ja joguei… o grafica arrasa, a jogabilidade e impressionante…. muito bom… viu ta de parabens com essa materia…
flws..